Fonte: https://m.epochtimes.com.br/tufao-haiyan-manobras-inescrupulosas-alarmismo-climatico
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Riscos naturais de origem climática – os furacões e os tornados
Estádios de evolução de um furacão
Condições essenciais à formação de um furacão
Localização e trajetória típicas dos furacões
Condições essenciais à formação de um tornado
Localização e áreas de influência típicas dos tornados
Consequências dos furacões e dos tornados
Medidas de proteção perante a ocorrência de furacões e tornados
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Figura 1: Estrutura e formação de um furacão.
Nos centros de baixas pressões a circulação do ar caracteriza-se por ser (Figura 1):
– Convergente à superfície terrestre (ou seja, circula periferia para o centro);
– Ascendente em altitude e em movimento espiral (devido à força de Coriolis);
– Movimento no sentido anti-horário junto à superfície terrestre (no hemisfério norte).
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Figura 2: Circulação do ar nos centros de baixa pressão atmosférica.
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Figura 3: Fases de evolução de uma tempestade tropical.
– Presença de centros de baixas pressões estáveis;
– Grande massa de águas oceânicas com temperaturas de pelo menos 26ºC;
– Elevada humidade do ar;
– Efeito força de Coriolis.
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Figura 4: Na imagem de 06 de setembro de 2017 podem ser identificados três furacões. De oeste para este o furacão Katia agita o Golfo do México antes de atingir o estado do Texas – EUA; o furacão Irma, sobre a República Dominicana descoca-se em direção à costa leste de Cuba; sobre a Antígua e Barbuda encontra-se o furacão José um dia depois do furacão Irma devastar parte do país.
Uma vez que os furacões se formam nos oceanos onde a temperatura da água é mais elevada, estes ocorrem principalmente em seis regiões (Figura 5):
– Atlântico Norte (costa leste dos EUA); Golfo do México e Mar das Caraíbas ➊;
– Pacífico Nordeste (região próxima da América Central) ➋;
– Pacífico Noroeste (incluindo o as ilhas das Filipinas; o Mar da China e o Arquipélago do Japão) ➌;
– Índico Sul (regiões próximas de Madagáscar) ➍;
– Índico Norte (Mar Arábico e Golfo de Benguela) ➎;
– Pacífico Sudoeste (região das ilhas Fuji, Samoa e costa oriental da Austrália) ➏.
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Figura 5: Áreas suscetíveis à ocorrência de ciclones tropicais.
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Figura 6: Classificação dos furacões segundo Saffir-Simpson.
Os modernos meios de observação meteorológica permitem monitorizar a formação e evolução das tempestades tropicais, emitindo alertas para a população se proteger e/ou abandonar as áreas afetadas.
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Figura 7: Formação de um tornado.
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Figura 8: As massas de ar na formação de um tornado.
– Grandes quantidades de calor latente (principal fonte de energia);
– Redemoinhos de ar associados a depressões barométricas locais intensas;
– Gradiente térmico vertical[Climatologia] Corresponde à variação da temperatura com a altitude. Por norma, a temperatura diminui à medida que a altitude aumenta e vice-versa. Em média a temperatura diminui aproximadamente 6,5ºC por cada 1000m. muito acentuado;
– Humidade do ar bastante elevada;
– Rápida mudança na velocidade e direção do ar.
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Figura 9: Proveniência das massas de ar com características e direções diferentes que influenciam a formação dos tornados.
Os tornados podem ser observados em todos os continentes exceto na Antártida. Predominam na América do Norte, a área mundialmente mais afetada, mas podem ocorrer noutras regiões (Figura 10):
– “Corredor dos Tornados” – EUA ➊;
– Sul e Leste da Ásia ➋;
– Sudeste da América do Sul ➌;
– Centro e Nordeste da Europa ➍;
– Sul de África ➎;
– Sudeste da Oceânia ➏.
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Figura 10: Áreas mais suscetíveis à ocorrência de tornados.
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Figura 11: Classificação dos tornados segundo Fujita-Pearson.
Os tornados são fenómenos meteorológicos imprevisíveis pois dependem de fatores locais, cujo tempo que decorre entre o alerta e o impacte do fenómeno é reduzido, pelo que é importante que a população conheça as respetivas medidas de prevenção.
– Ventos fortes, normalmente de grande violência, que destroem edifícios e vias de comunicação;
– Objetos arrancados e transportados pelos ventos (árvores, telhados, sinais de trânsito, …);
– Chuvas torrenciais que causam inundações;
– Formação de ondas de grande dimensão e com grande poder de destruição, no caso específico dos furacões;
– Destruição de casas, deixando as pessoas desalojadas;
– Prejuízos materiais avultados;
– Vítimas mortais e feridos (entre os humanos e os animais);
– Destruição de campos e perda de produções agrícolas.
Ⓒ The Dallas Morning News
Figura 12: Destruição provocada pela passagem de um tornado no estado do Texas, EUA. As imagens mostram Crestpoint Lane, Garland no dia antes e depois de 26 de dezembro de 2016.
Quadro 1: Algumas medidas de prevenção e de proteção dos furacões e tornados.
Medidas de Prevenção | Medidas de Proteção |
Construir abrigos para a população (em lugares de maior altitude protegidos das inundações que podem surgir no caso dos furacões ou subterrâneos no caso dos tornados) | Ouvir as previsões do estado do tempo e as informações divulgadas pelos serviços de meteorologia e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) |
Proibir a construção em áreas sujeitas a inundações provocadas pelas tempestades tropicais | Na rua, deitar-se numa depressão uma vez que a maioria das vítimas resultam da deslocação de objetos e detritos |
Reforçar a construção das habitações e/ou outros edifícios, respeitando as normas de segurança divulgadas pelas autoridades | Desenvolver um plano de emergência que deve incluir um estojo de primeiros socorros com água, medicamentos, bens alimentares, rádio a pilhas entre outros |
Desenvolver um plano de emergência para toda a família, considerando várias possibilidades (casa, rua, trabalho e escola) e definir os vários locais de abrigo possíveis | Afastar-se da linha de costa devido ao perigo de inundações |
Conhecer bem a zona de residência e ter um mapa sempre presente | Proteger as portas e janelas com materiais resistentes |
Medidas de Prevenção | |
Construir abrigos para a população (em lugares de maior altitude protegidos das inundações que podem surgir no caso dos furacões ou subterrâneos no caso dos tornados) | |
Proibir a construção em áreas sujeitas a inundações provocadas pelas tempestades tropicais | Reforçar a construção das habitações e/ou outros edifícios, respeitando as normas de segurança divulgadas pelas autoridades |
Desenvolver um plano de emergência para toda a família, considerando várias possibilidades (casa, rua, trabalho e escola) e definir os vários locais de abrigo possíveis | |
Conhecer bem a zona de residência e ter um mapa sempre presente | |
Medidas de Proteção | |
Ouvir as previsões do estado do tempo e as informações divulgadas pelos serviços de meteorologia e pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) | |
Na rua, deitar-se numa depressão uma vez que a maioria das vítimas resultam da deslocação de objetos e detritos | |
Desenvolver um plano de emergência que deve incluir um estojo de primeiros socorros com água, medicamentos, bens alimentares, rádio a pilhas entre outros | |
Afastar-se da linha de costa devido ao perigo de inundações | |
Proteger as portas e janelas com materiais resistentes |
– Posição latitudinal do arquipélago (situa-se sensivelmente entre a lat. 36º 56’ N e a lat. 39º 40’ N) cuja proximidade à corrente do Golfo (corrente marítima quente do oceano Atlântico que tem origem no Golfo do México e segue pela costa leste dos Estados Unidos para norte e tem uma extensão até a Europa) permite manter as águas oceânicas a uma temperatura média entre os 17ºC e os 23ºC;
– Clima caracterizado por temperaturas médias no inverno de 13ºC e no verão de 24ºC (que favorece a evaporação e a elevação do ar na atmosfera);
– O ar é muito húmido, registando valores médios de humidade relativa de 75%.
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Figura 13: Percurso da tempestade tropical Ophelia ocorrida em outubro de 2017.
Em Portugal, tem sido feita desde 1999 uma recolha sistemática dos dados disponíveis relativos aos tornados. No entanto, há registos de que o fenómeno mais intenso no nosso país (um F3 na escala de Fujita – o antepenúltimo nível no grau de destruição provocada) ocorreu em Castelo Branco a 6 de Novembro de 1954, causando 5 mortos e 220 feridos, tendo destruído a estação meteorológica local (Figuras 14 e 15). Também a base de dados de fenómenos meteorológicos severos da Europa (European Severe Weather Database) refere este fenómeno apontando ainda outro, embora sem um nível de classificação, ocorrido em 1936 em Ponte de Sôr.
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Figura 14: Efeitos provocados pelo tornado ocorrido em 06 de novembro de 1954 em Castelo Branco.
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Figura 15: Efeitos provocados pelo tornado ocorrido em 06 de novembro de 1954 em Castelo Branco.
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Referências
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Collins, J., & Walsh, K. (2019). Hurricane Risk. Springer Nature Switzerland.
Cotton, W., Bryan, G., & van den Heever, S. (2010). Storm and Cloud Dynamics (2nd ed.). Academic Press.
Ganho, N. (2014). Climate change and climate risk in the perspective of synoptic scale atmospheric dynamics: the case of 2013/2014 northern winter. Cadernos de Geografia, 33, 27–36.
Laboratory, E. (2022). European Severe Weather Database. [online] Available at: https://www.eswd.eu [Accessed 26 Jan. 2022].
Light, N., & Chiquillo, J. (2020). Devastated but not defeated. [online] Available at: http://interactives.dallasnews.com/2016/tornado-anniversary/ [Accessed 05 Mar. 2022].
NOAA. (2022). National Oceanic and Atmospheric Administration. [online] Available at: https://www.noaa.gov [Accessed 05 Mar. 2022].
Prothero, D. (2011). Earthquakes, Tsunamis, Tornadoes, and Other Earth-Shattering Disasters Catastrophes! The Johns Hopkins University Press.